Nélida Cuiñas Piñon (Rio de Janeiro, 3 de maio de 1937 – Lisboa, 17 de dezembro de 2022) foi uma escritora brasileira, integrante da Academia Brasileira de Letras (ABL), a qual já presidiu. Foi uma das escritoras brasileiras mais conhecidas e traduzidas internacionalmente.
Filha de Lino Piñon Muiños e Olivia Carmen Cuiñas Morgado, de origem galega, do concelho de Cotobade. Seu nome é um anagrama do prenome de seu avô materno Daniel Cuiñas Cuiñas.
Formou-se em jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), tendo sido editora e membro do conselho editorial de várias revistas no Brasil e exterior. Também ocupou cargos no conselho consultivo de diversas entidades culturais em sua cidade natal.
Foi escritora-visitante das universidades de Harvard, de Colúmbia, de Georgetown e também da John Hopkins, entre outras. Também foi nomeada doutora Honoris Causa por várias universidades internacionais, entre elas pela Universidade de Santiago de Compostela, onde foi a primeira mulher que recebeu este reconhecimento.
No romance A República dos Sonhos, baseado em uma família de imigrantes galegos no Brasil, ela faz reflexões sobre a Galiza, a Espanha e o Brasil.
Nélida Piñon inspirou-se na história de vida de seus pais para a narrativa de “A República dos Sonhos”. A trama conta a história de Madruga, jovem camponês que deixa a Galiza , embarcando com o amigo Venâncio com rumo ao Rio de Janeiro, e da sua mulher Eulália, também de origem galega. Anos depois, a neta do casal, Breta, busca juntar os fragmentos e reconstituir a história de sua família, que se mistura com a recente história do Brasil.